PRÁTICA PEDAGÓGICA IV
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Gêneros do discurso, multiletramentos e hipermodernidade

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Mensagem por Bruna Araújo Ter Jul 03, 2018 9:45 pm

Rojo e Barbosa, fazem um percurso filosófico sobre o conceito de Pós-modernidade, baseando-se no filósofo francês Jean-François Lotar ( entre outros) e o de hipermodernidade na perspectiva dos filósofos Gilles Lipovetsky e Sebastian Charles, relacionando as transformações pelo qual o mundo vem passando que por sua vez, exigem novas formas de participação e interação social e consequentemente, novas maneiras de produzir enunciados/textos, ou seja ao definir o conceito de hipermodernidade, Lipovetsky propõem " superar a temática Pós-moderna e reconceitualizar a organização temporal que se apresenta. Sugere o termo hipermoderno, pois surge uma nova fase da modernidade, que foi dos pós ao hiper. A pós-modernidade não terá sido mais que um estágio de transição, um momento de curta duração” (Lipovetsky, 2004-58). A hipermodernidade é caracterizada por uma cultura do excesso, do sempre mais. Todas as coisas se tornam intensas e urgentes. O movimento é uma constante e as mudanças ocorrem em um ritmo quase esquizofrênico determinando um tempo marcado pelo efêmero, no qual a flexibilidade e a fluidez aparecem como tentativas de acompanhar essa velocidade. Hipermercado, hiperconsumo, hipertexto, hipercorpo: Tudo é elevado à potência do mais, do maior. A hipermodernidade revela o paradoxo da sociedade contemporânea: a cultura do excesso e da moderação. (Lipovetsky, 2004). As autoras definem (web 1.0) a primeira geração da internet principalmente dava informação unidirecional (de um para muitos), como na cultura de massa. Com o aparecimento dos sites como facebook e Amazon, a  web tornou-se cada vez mais interativa. Nesta web 2.0, são principalmente os usuários que produzem conteúdos em postagens e publicações, em redes sociais como Facebook, Tumbler, google+, na wikipedia, em redes de mídia como YouTube, Flick, Instagram etc. A medida que as pessoas se familiarizaram com a web 2.0, foi possível a marcação e etiquetagem de conteúdo dos usuários que abrem caminho para a próxima geração da internet: web 3.0, a dita internet inteligente." Ou seja, por um processo de "aprendizagem" continua por meio da etiquetagem, a web 3.0 pretende antecipar o que o usuário gosta ou detesta, suas necessidades e seus interesses, de maneira a oferecer conteúdo e mercadorias em tempo real. Os efeitos dessa inteligência" já começam a se fazer sentir em diferentes sites e redes sociais.Com  essas transformações tecnológicas, que ganham cada vez mais dinamismo e velocidade, e das relações humanas, as quais também contemplam os chamados nativos digitais, o processo de ensino e aprendizagem do idioma pode e deve ser facilitado como vimos mais acima com as autoras a utilização de diferentes redes de mídias trago aqui também algumas soluções educacionais que podem ainda mais complementar o desempenho do alunos em relação ao domínio da Língua Portuguesa como por exemplo:• Linha Aprimora: uma plataforma educacional que possibilita a aprendizagem adaptativa da Língua Portuguesa, de acordo com o ritmo de cada aluno. Disponível para o Ensino Fundamental e Ensino Médio, incluindo a versão para a Produção de Textos. • Aurélio Aplicativo e Eletrônico: o dicionário mais vendido do Brasil ajuda na compreensão e na aplicação das regras da Nova Ortografia da Língua Portuguesa. As fanfics/playlists, são ótimos exemplos para se trabalhar nas aulas de Língua Portuguesa, uma vez que essas não só possibilitam a aproximação dos estudantes com a tecnologia, como propicia momentos reais de aprendizagem. Na fanfic O professor pode incentivar a leitura de textos literários, a escrita criativa e ludicidade propiciando uma interação e uma produção colaborativa dos estudantes por meio de linguagens tecnológicas. Com as playlists, o professor pode contribuir para que o aluno desenvolva sua metodologia de organização e construção das ideias, uma vez que, para se fazer uma playlist, é necessário ter em mente os critérios de organização: ritmo, público a quem se destina, letra; dessa forma, a proposta se insere na perspectiva de trabalho com os multiletramentos, na medida em que pode contemplar diferentes culturas, linguagens e mídias. Há a necessidade de se trabalhar, em sala de aula, os princípios de pluralidade cultural e da diversidade de linguagens envolvidos no conceito de multiletramentos. Ressalto que os recursos tecnológicos exercem papel importante, acredito que nesse contexto e por meio de atividades que realmente preparem o aluno para as diversas práticas sociais, além de torná-lo mais crítico para uma atuação significativa no meio em que vive, estaremos favorecendo o desenvolvimento de um cidadão multiletrado nessa era hipermoderna!

Bruna Araújo

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