PRÁTICA PEDAGÓGICA IV
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Gêneros do Discurso, Hipermodernidade e Multiletramentos nas Práticas Pedagógicas na Era Tecnológica

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Gêneros do Discurso, Hipermodernidade e Multiletramentos nas Práticas Pedagógicas na Era Tecnológica - Página 2 Empty Re: Gêneros do Discurso, Hipermodernidade e Multiletramentos nas Práticas Pedagógicas na Era Tecnológica

Mensagem por Luana Lopes Seg Jul 02, 2018 7:03 pm

Carla Gislene Oliveira escreveu:Rojo e Barbosa , apresentam o conceito de hipermodernidade sob a perspectiva do autor Lipovestsky(2004), em que o termo pós-moderno tornou-se vago e não consegue exprimir o mundo atual, e ao definir hipermodernidade propõe reconceitualizar a organização temporal que se apresenta, surge uma nova fase da modernidade integradora, constituída de novos tempos, novas tecnologias, novos textos e novas linguagens. A cultura de excesso e da moderação.
As autoras define a web 1.0, como sendo a primeira geração da internet, que dava informação unidirecional(de um para muitos). Na web 20, muda o fluxo de comunicação, porque são os usuários que produzem conteúdos em postagens e publicações em redes sociais como Facebook, Twitter etc. As curtições  rendem milhões , mapeiam o que agrada e quem são os consumidores em potencial, favorecendo à web 3.0, que pretende antecipar o que o usuário gosta ou detesta, a dita internet "inteligente" representada por diversos sites.
Uma possível atividade para trabalhar com a disciplina de Língua Portuguesa, seria a produção de um fanclipe, que é um vídeo produzido por fãs, em geral usando algo que admiram: uma musica, um livro, um filme de que são fãs. Com base na análise dos videos , pode-se trabalhar figuras de linguagens, paráfrases ou parodias, identificar dentro dos videos outros gêneros, como imagens associadas ao texto.
O processo de comunicação e interatividade foi modificado após a expansão da internet , e todo esse processo de informatização e de tecnologia modificou a escrita, assim a escola deve estar atenta às essa mudanças. Dessa forma, as playlist e as fanfiction, servem como motivação para os alunos com relação à escrita, pois apresentam texto de apresentação, que descreve ou relata algo envolvendo as produções em questão, envolvem argumentação,contemplando diferentes sequências textuais. A produção desses gêneros permite aos alunos serem protagonistas no processo de ensino-aprendizagem, em que , precisam selecionar os textos, a partir de algum critério, organiza-los e destacar o que deve ser comentado, e ainda disponibilizar os resultados nas redes para que outros alunos possam curtir ou redistribuir.
" As práticas de linguagem se dão sempre de maneira situada, isto é, em determinadas situações de enunciação ou de comunicação" , que segundo as autoras na impossibilidade de a escola abordar tudo, deve-se eleger quatro esferas da maior importância, sendo a jornalistica(circulação da informação);divulgação da ciência(circulação do conhecimento); participação na vida pública(produção e consumo) e artístico-literário(cultura,arte e entretenimento).
Há a necessidade de se trabalhar , em sala de aula, os princípios da pluralidade cultural e da diversidade de linguagens envolvidas no conceito de multiletramentos, ressaltando que os recursos tecnológicos exercem papel importante, e nesse contexto e por meio de atividades que realmente preparem o aluno para as diversas praticas sociais, alem de torna-lo mais critico para uma atuação significativa no meio em que vive.Portanto, é preciso considerar o hibridismo cultural da hipermodernidade, sem negar a ideia de que a cultura não tem fronteiras, é permeável e porosa, Sacristan(2008), a escola deve levar em conta os multi e novos letramentos, as praticas, gêneros em circulação nos ambientes da cultura de massa e digital e no mundo hiper moderno atual, e não somente valorizar a cultura dita "culta".
Concordo com você Carla gostei de sua argumentação ao abordar a necessidade de se trabalhar em sala de aula diversidade de linguagens voltados para esse conceito de multiletramento pensando nessa perspectiva dos recursos tecnológicos que realmente são de grande importância ,visto que no mundo moderno que estamos inseridos é necessário a utilização dessa ferramenta como uso pedagógico preparando atividades que levem os alunos a diversas práticas sociais.

Luana Lopes

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Mensagem por Ivânia Mota Seg Jul 02, 2018 7:30 pm

Luciano Xavier escreveu:Que o mundo mudou significativamente, isso é evidente; e os avanços tecnológicos marcam de modo emblemático essas mudanças. A correria do cotidiano nessa modernidade tecnológica assinala para um descompasso nas relações sociais. Tendo em vista esses fatores, há de se contatar que a tecnologia não trouxe somente regalias à humanidade, como também gerou inúmeras desigualdades no que diz respeito à distribuição por igual dos recursos à sobrevivência humana. Esses, dentre outros fatores, configuram o que Charles (apud Rojo 2015) chama de hipermodernidade.
      Esse conceito não aponta para uma noção de uma modernidade melhor – como seria o caso do conceito da pós-modernidade –, mas para uma exacerbação dessa modernidade, no sentido de que tudo está muito intenso e, ao mesmo, tempo desarticulado nas relações sociais, políticas e culturais. A modernidade, hoje, segundo essa conceituação, passa por um momento em que tudo é exagerado; desde o hiperconsumismo ao hiperindividualismo, enfim, a era do “hiper” que marca o cotidiano da humanidade moderna, ou hipermoderna.
      Esse conceito de hipermodernidade se aproxima do que Baumam (2011) vai chamar de “modernidade líquida”, que seria essa modernidade em que tudo está muito fluido e dissolvível. A liquidez da vida pós-moderna instaura vários fatores problemáticos, dentre os que já foi citado acima, algo que é muito recorrente, a crise da identidade. O ser humano, já não se reconhece como esse algo estático e pré-construído, mas como algo problemático que modifica a si a todo instante. Hall (2014) também assinala para essa mudança identitária e conceitua como esse sujeito identitário pós-moderno. Assim, visando essas problemáticas da pós-modernidade, a hipermodernidade não se insere como algo que é mais evoluída, mas como algo problemático nas relações coletivas, ante aos novos métodos de vida da humanidade frente as mudanças sociais e tecnológicas.
      Nessa perspectiva tecnológica, Rojo (2015) traz as noções de Web 1.0, Web 2.0 e Web 3.0. A primeira se refere ao período de início da internet, em que o que era subjetivo começou a se tornar uma rede de relações das massas. Na segunda, é marcado o surgimento dos sites e das redes sociais, que indicam não somente uma simples rede de relações, mas para uma produção extensivas de conteúdos e publicações virtuais. Assim, o usuário de se limita ao papel de mero leitor como também passa a ser produtor dessas matérias digitais. A veiculação de informações também é o que marca essa noção, seja a disseminação de notícias de modo coletivo ou individual, que se insere como um jornalismo de rede, em que todos podem propagar essas informações. A Web 3.0 expande a noção trazida pela Web 2.0. Nessa concepção, o campo digital virtual não só mais multiplica postagens e notícias, como se torna também uma espécie de comércio/indústria digital. Curtidas em redes sociais, postagens, vendas pela internet geram muito dinheiro para esses comerciantes, como é o caso dos “digital influencers”, blogueiros e vendedores, que ganham milhões repassando conteúdo, entretendo público, divulgando marcas, e vendendo produtos.
      Percebe-se, assim, os impactos positivos e negativos gerados pela tecnologia na vida da sociedade, e esses resultados respaldam também no âmbito escolar, espaço de construção e desenvolvimento de saber, bem como das relações individuais e coletivas do alunado. Portanto, a escola deve ser pensada, tendo em vista essas transformações, e, no caso as aulas, os professores devem estar antenados em como essas mudanças na escala social podem contribuir para o processo de ensino-aprendizagem desses alunos.
      No que tange às aulas de Língua Portuguesa, os professores podem trabalhar tanto com os gêneros textuais e seus novos suportes, como desenvolver as potencialidades dos alunos na leitura e escrita através da produção de textos no espaço virtual, bem como a publicização desses. Várias plataformas virtuais se inserem nessas características de produção e publicização. Conteúdos de Literatura, por exemplo, hoje, não mais se restringem às páginas do livro impresso. Os chamados ciberespaços possibilitam que os textos, nas suas multimodalidades transitem pelas timelines dos internautas e que o conhecimento se insira ainda mais no caráter de rede como ele realmente o é.
      As fanfics/fanfictions, playlists, etc., são ótimos exemplos para se trabalhar nas aulas de Língua Portuguesa, uma vez que essas não só possibilitam a aproximação dos estudantes com a tecnologia, como propicia momentos reais de aprendizagem. Na fanfic/fanfiction, o professor pode trabalhar os conteúdos de literatura, de modo que desenvolta a criticidade e a potencialidade da escrita do aluno, assim como também pode ser solicitado que essa fanfic/fanfiction seja produzida em grupo proporcionando experiências com a escrita colaborativa para o alunado. Com as playlists, o professor pode contribuir para que o aluno desenvolva sua metodologia de organização e construção das ideias, uma vez que, para se fazer uma playlist, é necessário ter em mente os critérios de organização: ritmo, público a quem se destina, letra; e nesse último, o professor também pode trabalhar com a interpretação das letras das canções escolhidas para as playlists, para saber se as temáticas dialogam, do que falam essas músicas, enfim, desenvolver a criticidade do aluno. Para além de propiciar espaços de interação entre os produtores das playlists e o público ouvinte/seguidor.
      Deste modo, nós, professores dessa geração – assim como os que acompanharam toda essa evolução social e tecnológica – temos que considerar as vantagens que esses novos dispositivos de informação e comunicação podem contribuir para a aprendizagem do aluno. E considerando o pluriculturalismo presente em sala de aula, a atenção deve ser redobrada de modo que contemple as múltiplas culturas presentes em sala de aula, pois vivemos numa era em que as identidades estão mais diversas, visto que novas identidades culturais surgem constantemente nessa nos pós-modernidade.
      Moreira e Candau (2008, p. 25), assinala para essa presença multi ou pluricultural em sala de aula:
“Essa realidade, que marca o mundo de hoje, provoca significativos efeitos (positivos e negativos) e se evidenciam em todos os espaços sociais, decorrentes de diferenças relativas a raça, etnia, gênero, sexualidade, cultura, religião, classe social, idade, deficiências ou outras marcas que diferenciam indivíduos e grupos sociais”.
      Assim ao reconhecer toda essa diversidade em sala – que, por sinal, não se trata de uma tarefa fácil –, o professor pode fazer d sua prática pedagógica um espaço que contemple o contexto sociocultural em que vive os alunos, bem como as suas diversidades inerentes à sua formação identitária.

isso mesmo Luciano, acreditamos que com o pluriculturalismo presente na escola e com as culturas de rede, existe uma necessidade de se trabalhar em sala de aula com a cultura e a diversidade de linguagens que envolvem a importância dos multiletramentos. Nesse contexto e por meio de atividades que verdadeiramente preparem o aluno para as distintas práticas sociais, além de torná-lo mais crítico para uma atuação significativa no meio em que vive, estaremos favorecendo o aumento de um cidadão multiletrado nessa era hipermoderna.

Ivânia Mota
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Gêneros do Discurso, Hipermodernidade e Multiletramentos nas Práticas Pedagógicas na Era Tecnológica - Página 2 Empty GÊNEROS DO DISCURSO, MULTILETRAMENTOS E HIPERMODERNIDADE

Mensagem por Cíntia Seg Jul 02, 2018 8:51 pm

A hipermodernidade é um termo recente que se contrapõe ao conceito de pós-modernidade, de Lyotard (2002), que juntamente com outros autores pressupunha uma ruptura com a modernidade. Lipovetsky (2004) foi um dos autores que conceituou o novo termo como uma radicalização da modernidade; Neste caso, o termo propõe um afastamento dos grandes projetos coletivos, surgindo assim uma hipercomplexidade que pode existir sem a necessidade de uma consistência em um projeto político, por exemplo, nesse contexto recente, as pessoas tornaram-se mais ativas, tornaram-se ainda hiperconsumista e hiperindividualista, ou seja, houve um engrandecimento desses termos modernos frente a nova era de grande influência digital.
        O termo web 1, refere-se a primeira geração da internet, em que a informação transmitida era unidirecional, já na web 2, ocorre a mudança no fluxo de comunicação, possibilitando que todos publiquem na rede acabando assim, com cisão produtores/leitores; Na web 3, também conhecida como internet “inteligente”, é a fase mais recente da web, em que o usuário tem muito mais praticidade, pois a rede mapeia as preferências do usuário e oferece o que mais lhe agrada, possivelmente facilita também para as empresas que chegam até os consumidores de uma maneira muito mais rápida e prática, essa nova era é fruto da evolução da web 1 e 2.
        Para a disciplina de língua portuguesa,  é possível trabalhar com os contéudos de uma maneira mais ampla, incentivando os alunos a estudarem com mais prazer como o uso de games, para aprender conteúdos de gramática, os fanfics também podem ser usados para que os alunos postem conteúdos para que pessoas de diferentes lugarem tenham cesso, incentivando assim, a leitua, além dos aplicativos de celular, que podem ter diferentes funções, como livros digitais e quiz para dinamizar revisões de conteúdo. Usar os recursos digitais faz com que os alunos sintam-se protagonistas do seu aprendizado saindo assim, dos padrões tradicionais que não agrada mais as novas gerações.
        Trabalhar com playlist e fanfiction é uma excelente maneira de criar interação entre a escola, podendo trabalhar com gincanas entre as diferentes séries e proporcionar o compartilhamento de suas produções e conteúdos com os demais colegas, pois podem opinar e influenciar os demais com suas descobertas, dessa maneira os alunos aprendem a ter responsabilidade e compromisso no que querem influenciar, assim podem até estudar muito mais pois a sensação de responsabilidade faz com que pesquisem e leiam mais, dependendo da proposta realizada pela escola, nesse aspecto podem ser usadas linguagens informais para divulgação nas redes e ao mesmo tempo é possível trabalhar a linguagem formal nas produções, para que se compreenda conde e como cada linguagem seja usada da maneira mais adequada.
        A ideia de um pluriculturalismo na escola pode ser definida princípios básicos para conivencia; a liberdade de expressão e a inalienável liberdade de pensamento, que garante as escolhas do homem. Desse modo, para que uma escola seja ideal, é necessário ser dialógica, democrática e sem preconceitos, essas condições são essenciais para preservar o respeito e a diversidade de fé, de origem, de gênero e de convicções ideológicas.
Somente quando são garantidos os valores individuais, na relação entre direção, professores, alunos e colaboradores, é que se pode dizer que a escola está começando a trilhar o árduo caminho do pluriculturalismo.


Última edição por Cíntia em Seg Jul 02, 2018 9:13 pm, editado 1 vez(es)

Cíntia

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Mensagem por Cíntia Seg Jul 02, 2018 9:11 pm

[Concordo que as tecnologias influenciam muito na escrita e isso não pode ser deixado de lado, uma vez que os alunos sentem-se mais próximos do aprendizado quando essa nova escrita é valorizada, mesmo sabendo da importância de uma escrita mais formal, é possível incentivar o aprendizado valorizando essa nova escrita em atividades extra classe.]
Carla Gislene Oliveira escreveu:Rojo e Barbosa , apresentam o conceito de hipermodernidade sob a perspectiva do autor Lipovestsky(2004), em que o termo pós-moderno tornou-se vago e não consegue exprimir o mundo atual, e ao definir hipermodernidade propõe reconceitualizar a organização temporal que se apresenta, surge uma nova fase da modernidade integradora, constituída de novos tempos, novas tecnologias, novos textos e novas linguagens. A cultura de excesso e da moderação.
As autoras define a web 1.0, como sendo a primeira geração da internet, que dava informação unidirecional(de um para muitos). Na web 20, muda o fluxo de comunicação, porque são os usuários que produzem conteúdos em postagens e publicações em redes sociais como Facebook, Twitter etc. As curtições  rendem milhões , mapeiam o que agrada e quem são os consumidores em potencial, favorecendo à web 3.0, que pretende antecipar o que o usuário gosta ou detesta, a dita internet "inteligente" representada por diversos sites.
Uma possível atividade para trabalhar com a disciplina de Língua Portuguesa, seria a produção de um fanclipe, que é um vídeo produzido por fãs, em geral usando algo que admiram: uma musica, um livro, um filme de que são fãs. Com base na análise dos videos , pode-se trabalhar figuras de linguagens, paráfrases ou parodias, identificar dentro dos videos outros gêneros, como imagens associadas ao texto.
O processo de comunicação e interatividade foi modificado após a expansão da internet , e todo esse processo de informatização e de tecnologia modificou a escrita, assim a escola deve estar atenta às essa mudanças. Dessa forma, as playlist e as fanfiction, servem como motivação para os alunos com relação à escrita, pois apresentam texto de apresentação, que descreve ou relata algo envolvendo as produções em questão, envolvem argumentação,contemplando diferentes sequências textuais. A produção desses gêneros permite aos alunos serem protagonistas no processo de ensino-aprendizagem, em que , precisam selecionar os textos, a partir de algum critério, organiza-los e destacar o que deve ser comentado, e ainda disponibilizar os resultados nas redes para que outros alunos possam curtir ou redistribuir.
" As práticas de linguagem se dão sempre de maneira situada, isto é, em determinadas situações de enunciação ou de comunicação" , que segundo as autoras na impossibilidade de a escola abordar tudo, deve-se eleger quatro esferas da maior importância, sendo a jornalistica(circulação da informação);divulgação da ciência(circulação do conhecimento); participação na vida pública(produção e consumo) e artístico-literário(cultura,arte e entretenimento).
Há a necessidade de se trabalhar , em sala de aula, os princípios da pluralidade cultural e da diversidade de linguagens envolvidas no conceito de multiletramentos, ressaltando que os recursos tecnológicos exercem papel importante, e nesse contexto e por meio de atividades que realmente preparem o aluno para as diversas praticas sociais, alem de torna-lo mais critico para uma atuação significativa no meio em que vive.Portanto, é preciso considerar o hibridismo cultural da hipermodernidade, sem negar a ideia de que a cultura não tem fronteiras, é permeável e porosa, Sacristan(2008), a escola deve levar em conta os multi e novos letramentos, as praticas, gêneros em circulação nos ambientes da cultura de massa e digital e no mundo hiper moderno atual, e não somente valorizar a cultura dita "culta".
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Cíntia

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Mensagem por Cíntia Seg Jul 02, 2018 9:21 pm

Concordo Diana que o uso das tecnologias digitais não é um simples um facilitador, mas um novo desafio para os professores que precisam acompanhar essas evoluções e muitas vezes, creio que falta inclusive incentivos por parte das escolas para capacitarem os professores nesse novo desafio, apesar de saber que cabe também ao profissional manter-se atualizado e capacitado para enfrentar essas tecnologias que auxiliam mas exigem também dos docentes e discentes][/code]
Diana Santana escreveu:
No livro Hipermodernidade, multiletramentos e gêneros discursivos, as autoras Roxane Rojo e Jacqueline Barbosa relatam a respeito dos benefícios das tecnologias em sala de aula e na sociedade de modo geral, e o quanto essas tecnologias contribuíram para as mudanças significativas que ocorreram no mundo. Rojo (2015), no entanto ressalta os pontos negativos que essas mudanças proporcionaram a humanidade. Elas afirmam que junto às novas tecnologias, surgiram também “novas formas de ser, de se comportar [...], de aprender”.
Segundo Lipovetsky e Charles (apud Rojo 2015), o termo hipermodernidade não está atrelado ao conceito de pós-modernidade, mas de certo descontrole da humanidade perante as novas tecnologias, e enfatiza que se trata de “radicalização da modernidade”. Uma sociedade desigual, a qual ainda se espera por justiça e democracia, os projetos coletivos perderam lugar, as grandes ideologias já não são autenticas, dando lugar aparente a iniciativas isoladas que parecem não ter força para enfrentar desafios gigantescos.
O termo hipermodernidade está ligado a outros contextos como a hipercomplexidade, ao hiperconsumismo, ao hiperindividualismo, hipertexto, hipermídia, entre outros, todos com o prefixo “hiper”, que significa muito, além de,  exagerado. Ou seja, o termo hipermodernidade, está relacionado a uma modernidade exagerada, que ultrapassou, que está além de ser modernidade. Isto é, não se trata de uma modernidade melhor, mas de uma era onde tudo está se transformando em “hiper”, em exageros.
A web 1.0, primeira geração de internet, era considerada unidirecional, diz Rojo (apud Rojo 2015), onde as informações partiam de um para muitos. Na Web 2.0, as autoras caracterizam os usuários como lautor, onde era possível que estes se tornassem produtores e leitores ao mesmo tempo através das redes sociais como facebook, twiter, entre outros. E, finalmente a Web 3.0, considerada a internet “inteligente”, usada não apenas para veicular notícias, mas também como meio de comercio, com fins lucrativos, utilizada por todos, e principalmente aqueles profissionais denominados hoje por blogueiros, youtubers e empresários que utilizam a internet como meio de divulgar seus produtos.
No âmbito escolar, a gama de professores que utilizam esses métodos para suas aulas ainda é muito pouca, comparadas ao que se vê fora da escola. No contexto familiar, social, os jovens, adolescentes e até a terceira idade já estão na era digital, enquanto no ambiente acadêmico, são raras as escolas preparadas para uma aula interativa com o uso da Tic’s. E quando a escola dispõe desse espaço, encontra-se outra dificuldade, que é a falta de preparação dos profissionais da educação, que não dispõem de Capacitação pessoal na área, e não aproveitam a série de oportunidades interativas que as tecnologias proporcionam para aulas mais dinâmicas e atraentes.
Cabe a esta nova geração de profissionais da educação, investir e continuar evoluindo no quesito tecnologias para por em prática o aprendizado tecnológico, pois enormes são as possibilidades de atrelar uma aula de Língua portuguesa, por exemplo, através do uso de ferramentas digitais, como as Fanfics, google sala de aula, forumeiros, dentre outros, além daqueles usuais que já são conhecidos por muitos, como o facebook, blogs, whatsaap, etc.
Isso não quer dizer que fazendo dessa forma, tudo será mais fácil, e nós professores não teremos desafios. Ao contrário, todo trabalho produtivo é trabalhoso, haverá sempre percalços, mas a maneira como irá transpor essas dificuldades é o diferencial que cada profissional poderá se destacar ao conseguir superá-las.

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Mensagem por Acsa Santana Ter Jul 03, 2018 10:16 am

É certo que com o passar dos anos muita coisa mudou, principalmente em relação as tecnologias, tudo está a cada dia se modernizando. No entanto, o surgimento da hipermodernidade, em que tudo está muito “instantâneo”,  não é algo tão bom assim, já que nem todas as pessoas têm acesso as mudanças constantes no mundo e nas suas tecnologias. De acordo com Rojo, essa (hiper)modernidade, não é algo proveitoso, pois se trata de uma modernidade exagerada, que não alcança a todos, fazendo com que haja desigualdades cada vez maiores.  
Rojo traz também as concepções de Webs.
Web 1.0 Trata-se de uma web inicial, aquela em que os usuários apenas se relacionam entre eles.
Web 2.0 Já é mais desenvolvida, aliás os seus usuários as desenvolvem criando novas redes sociais, novas formas de se comunicarem e se relacionarem através da internet.
Web 3.0 Nessa, as novas redes sociais são aproveitadas, no entanto, são utilizadas até como ferramenta de trabalho.
   Diante de tais concepções é possível utilizar meios encontrados na Web, para associa-los ao ensino. Alunos de várias faixas etárias estão em contato com as “Webs” a todo instante, o educador precisa observar isso e utiliza-las, no ensino de língua portuguesa, por exemplo, é possível trabalhar com jogos que ajudam no aprendizado da gramática, ou é possível também seguir páginas em redes sociais, que ajudam no aprendizado da mesma.
   Quando o professor dá espaço para que seu aluno use sua criatividade , o aluno descobre que é capaz de aplica-la em diversos meios, sejam eles físicos ou virtuais. Sobre os virtuais, se o educador pode trabalhar com o gênero fenfic, por exemplo (que permite as pessoas criarem suas próprias narrativas, partindo daquela que gostam); pois além de pensarem para modificar as histórias, podem conhecer e utilizam novas linguagens, novas formas de criticar algo que discordam, através das   suas produções. Fazendo isso, dando oportunidades, o professor contribui para a junção da cultura presente na internet e fora dela, ao processo de ensino/aprendizagem.
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Mensagem por Kelly Barbosa Silva Ter Jul 03, 2018 2:15 pm

Rojo e Barbosa ao escreverem Hipermodernidade, multiletramentos e gêneros discursivos a abordam de uma maneira fantástica, sobre a tecnologia em sala de aula e como os professores sentem certo medo, um certo receio de trabalhar e mediar essas tecnologias. Diante disso, alguns conceitos presentes no texto supracitado, devem ser levados em conta. O conceito de hipermodernidade para Rojo e Barbosa é exposto sob o prisma do intelectual Lipovestsky (2004), no qual explana que o termo pós-moderno se tornou vazio e não é suficiente para explicar a contemporaneidade. Ao definir hipermodernidade sugere um novo conceito da organização temporal existente, em que aparece uma fase inovadora da modernidade integradora, organizada de novas tecnologias, textos diferentes e novas linguagens, bem como, a cultura de excesso e da moderação.
Conseguinte, definem a web 1.0, como a primeira geração da internet, que dava informação de um para muitos. Já a web 2.0, o fluxo de comunicação é diferente, pois são os usuários que abrolham conteúdos em publicações em redes sociais a exemplo do Facebook. A web 3.0 é favorecida pelas curtições, pretende precipitar o que o usuário gosta ou não, chamada de internet "inteligente" bancada por vários sites.
O processo de interatividade foi modificado com a ampliação da internet, consequentemente, o processo de informatização e de tecnologia transformou a escrita, dessa forma, faz-se necessário que a escola esteja atenta às essas transformações. Para tanto, uma possível atividade para os professores trabalharem, especialmente, os docentes de Língua Portuguesa, seria a produção de Fanfics. As fanfiction ou fanfics, servem como impulso para os alunos diante da escrita, pois apresentam diversas características de um texto impresso, como apresentações, argumentações, além de serem considerados gêneros textuais, a diferença é que são digitais. A produção desses gêneros proporciona aos alunos o protagonismo no processo de ensino e aprendizagem.
Diante disso, fica clara, portanto, a necessidade de se trabalhar no âmbito escolar, os princípios da multiplicidade cultural e da heterogeneidade de linguagens emaranhadas nos multiletramentos, destacando que os recursos tecnológicos desempenham uma função plausível e importante, dessa forma, levando em consideração esse contexto acompanhado de atividades que preparem o alunado para variadas práticas sociais, pode torná-los mais críticos com atuação ativa e significativa. Assim, deve-se ponderar o hibridismo cultural da hipermodernidade, sem recusar a opinião de que a cultura não tem limites, é permeável e propensa a várias situações.
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Mensagem por Kelly Barbosa Silva Ter Jul 03, 2018 2:41 pm

Luciano Xavier escreveu:Que o mundo mudou significativamente, isso é evidente; e os avanços tecnológicos marcam de modo emblemático essas mudanças. A correria do cotidiano nessa modernidade tecnológica assinala para um descompasso nas relações sociais. Tendo em vista esses fatores, há de se contatar que a tecnologia não trouxe somente regalias à humanidade, como também gerou inúmeras desigualdades no que diz respeito à distribuição por igual dos recursos à sobrevivência humana. Esses, dentre outros fatores, configuram o que Charles (apud Rojo 2015) chama de hipermodernidade.
      Esse conceito não aponta para uma noção de uma modernidade melhor – como seria o caso do conceito da pós-modernidade –, mas para uma exacerbação dessa modernidade, no sentido de que tudo está muito intenso e, ao mesmo, tempo desarticulado nas relações sociais, políticas e culturais. A modernidade, hoje, segundo essa conceituação, passa por um momento em que tudo é exagerado; desde o hiperconsumismo ao hiperindividualismo, enfim, a era do “hiper” que marca o cotidiano da humanidade moderna, ou hipermoderna.
      Esse conceito de hipermodernidade se aproxima do que Baumam (2011) vai chamar de “modernidade líquida”, que seria essa modernidade em que tudo está muito fluido e dissolvível. A liquidez da vida pós-moderna instaura vários fatores problemáticos, dentre os que já foi citado acima, algo que é muito recorrente, a crise da identidade. O ser humano, já não se reconhece como esse algo estático e pré-construído, mas como algo problemático que modifica a si a todo instante. Hall (2014) também assinala para essa mudança identitária e conceitua como esse sujeito identitário pós-moderno. Assim, visando essas problemáticas da pós-modernidade, a hipermodernidade não se insere como algo que é mais evoluída, mas como algo problemático nas relações coletivas, ante aos novos métodos de vida da humanidade frente as mudanças sociais e tecnológicas.
      Nessa perspectiva tecnológica, Rojo (2015) traz as noções de Web 1.0, Web 2.0 e Web 3.0. A primeira se refere ao período de início da internet, em que o que era subjetivo começou a se tornar uma rede de relações das massas. Na segunda, é marcado o surgimento dos sites e das redes sociais, que indicam não somente uma simples rede de relações, mas para uma produção extensivas de conteúdos e publicações virtuais. Assim, o usuário de se limita ao papel de mero leitor como também passa a ser produtor dessas matérias digitais. A veiculação de informações também é o que marca essa noção, seja a disseminação de notícias de modo coletivo ou individual, que se insere como um jornalismo de rede, em que todos podem propagar essas informações. A Web 3.0 expande a noção trazida pela Web 2.0. Nessa concepção, o campo digital virtual não só mais multiplica postagens e notícias, como se torna também uma espécie de comércio/indústria digital. Curtidas em redes sociais, postagens, vendas pela internet geram muito dinheiro para esses comerciantes, como é o caso dos “digital influencers”, blogueiros e vendedores, que ganham milhões repassando conteúdo, entretendo público, divulgando marcas, e vendendo produtos.
      Percebe-se, assim, os impactos positivos e negativos gerados pela tecnologia na vida da sociedade, e esses resultados respaldam também no âmbito escolar, espaço de construção e desenvolvimento de saber, bem como das relações individuais e coletivas do alunado. Portanto, a escola deve ser pensada, tendo em vista essas transformações, e, no caso as aulas, os professores devem estar antenados em como essas mudanças na escala social podem contribuir para o processo de ensino-aprendizagem desses alunos.
      No que tange às aulas de Língua Portuguesa, os professores podem trabalhar tanto com os gêneros textuais e seus novos suportes, como desenvolver as potencialidades dos alunos na leitura e escrita através da produção de textos no espaço virtual, bem como a publicização desses. Várias plataformas virtuais se inserem nessas características de produção e publicização. Conteúdos de Literatura, por exemplo, hoje, não mais se restringem às páginas do livro impresso. Os chamados ciberespaços possibilitam que os textos, nas suas multimodalidades transitem pelas timelines dos internautas e que o conhecimento se insira ainda mais no caráter de rede como ele realmente o é.
      As fanfics/fanfictions, playlists, etc., são ótimos exemplos para se trabalhar nas aulas de Língua Portuguesa, uma vez que essas não só possibilitam a aproximação dos estudantes com a tecnologia, como propicia momentos reais de aprendizagem. Na fanfic/fanfiction, o professor pode trabalhar os conteúdos de literatura, de modo que desenvolta a criticidade e a potencialidade da escrita do aluno, assim como também pode ser solicitado que essa fanfic/fanfiction seja produzida em grupo proporcionando experiências com a escrita colaborativa para o alunado. Com as playlists, o professor pode contribuir para que o aluno desenvolva sua metodologia de organização e construção das ideias, uma vez que, para se fazer uma playlist, é necessário ter em mente os critérios de organização: ritmo, público a quem se destina, letra; e nesse último, o professor também pode trabalhar com a interpretação das letras das canções escolhidas para as playlists, para saber se as temáticas dialogam, do que falam essas músicas, enfim, desenvolver a criticidade do aluno. Para além de propiciar espaços de interação entre os produtores das playlists e o público ouvinte/seguidor.
      Deste modo, nós, professores dessa geração – assim como os que acompanharam toda essa evolução social e tecnológica – temos que considerar as vantagens que esses novos dispositivos de informação e comunicação podem contribuir para a aprendizagem do aluno. E considerando o pluriculturalismo presente em sala de aula, a atenção deve ser redobrada de modo que contemple as múltiplas culturas presentes em sala de aula, pois vivemos numa era em que as identidades estão mais diversas, visto que novas identidades culturais surgem constantemente nessa nos pós-modernidade.
      Moreira e Candau (2008, p. 25), assinala para essa presença multi ou pluricultural em sala de aula:
“Essa realidade, que marca o mundo de hoje, provoca significativos efeitos (positivos e negativos) e se evidenciam em todos os espaços sociais, decorrentes de diferenças relativas a raça, etnia, gênero, sexualidade, cultura, religião, classe social, idade, deficiências ou outras marcas que diferenciam indivíduos e grupos sociais”.
      Assim ao reconhecer toda essa diversidade em sala – que, por sinal, não se trata de uma tarefa fácil –, o professor pode fazer d sua prática pedagógica um espaço que contemple o contexto sociocultural em que vive os alunos, bem como as suas diversidades inerentes à sua formação identitária.

Gostei muito da sua colocação Luciano, é notório a necessidade de se abordar em sala de aula sobre a cultura e a diversidade de linguagens que abarcam a importância dos multiletramentos. Diante disso, podemos perceber o quanto se faz necessário um olhar para a relação do professor e tecnologias diante do pluriculturalismo.
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Gêneros do Discurso, Hipermodernidade e Multiletramentos nas Práticas Pedagógicas na Era Tecnológica - Página 2 Empty Re: Gêneros do Discurso, Hipermodernidade e Multiletramentos nas Práticas Pedagógicas na Era Tecnológica

Mensagem por Kelly Barbosa Silva Ter Jul 03, 2018 3:04 pm

Carla Gislene Oliveira escreveu:Rojo e Barbosa , apresentam o conceito de hipermodernidade sob a perspectiva do autor Lipovestsky(2004), em que o termo pós-moderno tornou-se vago e não consegue exprimir o mundo atual, e ao definir hipermodernidade propõe reconceitualizar a organização temporal que se apresenta, surge uma nova fase da modernidade integradora, constituída de novos tempos, novas tecnologias, novos textos e novas linguagens. A cultura de excesso e da moderação.
As autoras define a web 1.0, como sendo a primeira geração da internet, que dava informação unidirecional(de um para muitos). Na web 20, muda o fluxo de comunicação, porque são os usuários que produzem conteúdos em postagens e publicações em redes sociais como Facebook, Twitter etc. As curtições  rendem milhões , mapeiam o que agrada e quem são os consumidores em potencial, favorecendo à web 3.0, que pretende antecipar o que o usuário gosta ou detesta, a dita internet "inteligente" representada por diversos sites.
Uma possível atividade para trabalhar com a disciplina de Língua Portuguesa, seria a produção de um fanclipe, que é um vídeo produzido por fãs, em geral usando algo que admiram: uma musica, um livro, um filme de que são fãs. Com base na análise dos videos , pode-se trabalhar figuras de linguagens, paráfrases ou parodias, identificar dentro dos videos outros gêneros, como imagens associadas ao texto.
O processo de comunicação e interatividade foi modificado após a expansão da internet , e todo esse processo de informatização e de tecnologia modificou a escrita, assim a escola deve estar atenta às essa mudanças. Dessa forma, as playlist e as fanfiction, servem como motivação para os alunos com relação à escrita, pois apresentam texto de apresentação, que descreve ou relata algo envolvendo as produções em questão, envolvem argumentação,contemplando diferentes sequências textuais. A produção desses gêneros permite aos alunos serem protagonistas no processo de ensino-aprendizagem, em que , precisam selecionar os textos, a partir de algum critério, organiza-los e destacar o que deve ser comentado, e ainda disponibilizar os resultados nas redes para que outros alunos possam curtir ou redistribuir.
" As práticas de linguagem se dão sempre de maneira situada, isto é, em determinadas situações de enunciação ou de comunicação" , que segundo as autoras na impossibilidade de a escola abordar tudo, deve-se eleger quatro esferas da maior importância, sendo a jornalistica(circulação da informação);divulgação da ciência(circulação do conhecimento); participação na vida pública(produção e consumo) e artístico-literário(cultura,arte e entretenimento).
Há a necessidade de se trabalhar , em sala de aula, os princípios da pluralidade cultural e da diversidade de linguagens envolvidas no conceito de multiletramentos, ressaltando que os recursos tecnológicos exercem papel importante, e nesse contexto e por meio de atividades que realmente preparem o aluno para as diversas praticas sociais, alem de torna-lo mais critico para uma atuação significativa no meio em que vive.Portanto, é preciso considerar o hibridismo cultural da hipermodernidade, sem negar a ideia de que a cultura não tem fronteiras, é permeável e porosa, Sacristan(2008), a escola deve levar em conta os multi e novos letramentos, as praticas, gêneros em circulação nos ambientes da cultura de massa e digital e no mundo hiper moderno atual, e não somente valorizar a cultura dita "culta".

Concordo com o que você explanou Carla. Mas darei enfoque em relação ao uso das Fanfics, é interessante como esse meio digital pode facilitar o trabalho dos professores de Língua Portuguesa, promovendo a leitura, a interpretação, o contato com o texto, contudo de forma mais próxima a realidade dos discentes, não dá mais para negar o quanto a tecnologia, sobretudo a internet, tem influenciado as diversas culturas e múltiplas linguagens. No entanto, o que achei mais expressivo é que as fanfics proporcionam o PROTAGONISMO do aluno. Boa colocação a sua Carla, sobre esse assunto!
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Gêneros do Discurso, Hipermodernidade e Multiletramentos nas Práticas Pedagógicas na Era Tecnológica - Página 2 Empty Re: Gêneros do Discurso, Hipermodernidade e Multiletramentos nas Práticas Pedagógicas na Era Tecnológica

Mensagem por Luna Layse Ter Jul 03, 2018 5:31 pm

Ivânia Mota escreveu:Hipermodernidade determina o momento atual da sociedade humana, em que surgem novas formas de ser, de se comportar, de discursar, de se relacionar, de se informar, de aprender,novos tempos, novas tecnologias, novos textos, novas linguagens. Hipermodernidade é marcada por uma cultura do excesso, do sempre mais. Todas as coisas se tornam intensas e urgentes.  A sociedade hipermoderna pode ser compreendida pela prioridade concedida ao tempo presente em detrimento dos sonhos voltados para o futuro, pela priorização dos particularismos e pela desconexão do sentido de dever com a coletividade. Há o desaparecimento dos grandes projetos políticos que mobilizavam a população e que davam sentido ao futuro.  Assim, a hipermodernidade se caracteriza pela ampliação da mercantilização indisciplinada dos seres e das coisas, conquista das técnicas em todos os domínios da essência, fragilização cada vez mais cavada dos sujeitos, perda crescente do censo comum e do bem público.
Web 1.0 primeira geração da Internet, principalmente dava informação unidirecional ( de um para muitos), como na cultura de massa.Web 2.0  Com o aparecimento de sites como Facebook, twitter, tumbir, instagram  a web tornou-se cada vez mais interativa, pois está associada as novas mídias de comunicação, possibilitando que todos publiquem na rede e exerçam simultaneamente os dois papéis, originando o que Rojo(2013) denomina lautor. Web 3.0 a dita internet "inteligente" que acontece por um processo de "aprendizagem" contínua por meio da etiquetagem, antecipa o que o usuário gosta ou detesta. As curtições rendem milhões, mapeiam o que agrada e quem são os consumidores em potencial; elas são um indicador importante da terceira fase do consumo.
É possível sim trabalhar na sala de aula na disciplina de língua portuguesa, com o multiletramento digital temos como exemplos: videoclipes, fanclips, fanfics etc . O multiletramento digital permite que o professor saia da estruturação monomodal( escrita ou fala; como também da veiculação através da voz ou do papel) para o modelo multimodal, no qual consiste simultaneamente há vários meios de comunicação, como hipertextos e utilização simultânea síncrona a assíncrona de cores, sons, formas e imagens em movimento,exemplos: animes, stop motion, remixes, mashups etc. Dentro desse contexto, todos[...] estão se deparando com a multimodalidade, que passa a ser traço constitutivo do discurso oral e escrito.(PACHECO,20090).
A escola pode atuar na promoção dos novos gêneros como playlist e fanfiction adequando-se as mudanças pelas quais o mundo está atrelado a essas hipermodernidade, em especial nas maneiras de participação e interação social e, consequentemente, nas formas de enunciar e nos textos.
É possível proporcionar aos alunos o contato com as  tecnologias digitais de informação e comunicação e as culturas em rede onde professores e alunos debaterão por meio de mídias didáticas e maneiras diferenciadas os saberes. Rojo(2013:19) considera que " O texto contemporâneo, multissemiótico ou multimodal, envolvendo diversas linguagens, mídias e tecnologias, coloca pois alguns desafios para a teoria de gêneros de discurso do Círculo. Desafios.Não impedimentos!
Rojo afirma que para o aprendizado ser estimulado, o aluno precisa se abrir ao conhecimento, onde os multiletramentos  e os diversos tipos de gêneros são um livro, onde merece destaque as qualidades didáticas do texto, de maneira clara e exemplificada para o aprofundamento dos estudos.
Acreditamos que com o pluriculturalismo presente na escola e com as culturas de rede, existe uma necessidade de se trabalhar em sala de aula com a cultura e a diversidade de linguagens que envolvem a importância dos multiletramentos. Nesse contexto e por meio de atividades que verdadeiramente preparem o aluno para as distintas práticas sociais, além de torná-lo mais crítico para uma atuação significativa no meio em que vive, estaremos favorecendo o aumento de um cidadão multiletrado nessa era hipermoderna.

Importante, Ivânia, esse destaque à mercantilização. Inclusive, para que se pense também nas disciplinas de Língua Portuguesa sobre a leitura crítica das mídias e tecnologias. A todo momento, jovens e crianças são também vistos como potenciais consumidores/as pelo mercado, estando expostos a diversas propagandas e publicidades que incentivam o consumo desenfreado, além de disseminar estereótipos. Ocasionando, assim, o fortalecimento de preconceitos e não aceitação das diferenças culturais. Uma lógica de mercado que também intensifica crises identitárias, violência, agressões ao meio ambiente, dentre outras consequências. Portanto, o processo de mercantilização das coisas e dos seres enquanto ponto negativo deve ser também discutido a fim de conscientizar estudantes, professores/as e todos/as atores e atrizes envolvidos/as no processo de ensino-aprendizagem. Pois, caso haja o silenciamento deste debate a desconstrução de valores sociais, coletivos e humanitários não será rompida.

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Gêneros do Discurso, Hipermodernidade e Multiletramentos nas Práticas Pedagógicas na Era Tecnológica - Página 2 Empty Re: Gêneros do Discurso, Hipermodernidade e Multiletramentos nas Práticas Pedagógicas na Era Tecnológica

Mensagem por Aquila Oliveira Ter Jul 03, 2018 8:33 pm

Luciano Xavier escreveu:Que o mundo mudou significativamente, isso é evidente; e os avanços tecnológicos marcam de modo emblemático essas mudanças. A correria do cotidiano nessa modernidade tecnológica assinala para um descompasso nas relações sociais. Tendo em vista esses fatores, há de se contatar que a tecnologia não trouxe somente regalias à humanidade, como também gerou inúmeras desigualdades no que diz respeito à distribuição por igual dos recursos à sobrevivência humana. Esses, dentre outros fatores, configuram o que Charles (apud Rojo 2015) chama de hipermodernidade.
      Esse conceito não aponta para uma noção de uma modernidade melhor – como seria o caso do conceito da pós-modernidade –, mas para uma exacerbação dessa modernidade, no sentido de que tudo está muito intenso e, ao mesmo, tempo desarticulado nas relações sociais, políticas e culturais. A modernidade, hoje, segundo essa conceituação, passa por um momento em que tudo é exagerado; desde o hiperconsumismo ao hiperindividualismo, enfim, a era do “hiper” que marca o cotidiano da humanidade moderna, ou hipermoderna.
      Esse conceito de hipermodernidade se aproxima do que Baumam (2011) vai chamar de “modernidade líquida”, que seria essa modernidade em que tudo está muito fluido e dissolvível. A liquidez da vida pós-moderna instaura vários fatores problemáticos, dentre os que já foi citado acima, algo que é muito recorrente, a crise da identidade. O ser humano, já não se reconhece como esse algo estático e pré-construído, mas como algo problemático que modifica a si a todo instante. Hall (2014) também assinala para essa mudança identitária e conceitua como esse sujeito identitário pós-moderno. Assim, visando essas problemáticas da pós-modernidade, a hipermodernidade não se insere como algo que é mais evoluída, mas como algo problemático nas relações coletivas, ante aos novos métodos de vida da humanidade frente as mudanças sociais e tecnológicas.
      Nessa perspectiva tecnológica, Rojo (2015) traz as noções de Web 1.0, Web 2.0 e Web 3.0. A primeira se refere ao período de início da internet, em que o que era subjetivo começou a se tornar uma rede de relações das massas. Na segunda, é marcado o surgimento dos sites e das redes sociais, que indicam não somente uma simples rede de relações, mas para uma produção extensivas de conteúdos e publicações virtuais. Assim, o usuário de se limita ao papel de mero leitor como também passa a ser produtor dessas matérias digitais. A veiculação de informações também é o que marca essa noção, seja a disseminação de notícias de modo coletivo ou individual, que se insere como um jornalismo de rede, em que todos podem propagar essas informações. A Web 3.0 expande a noção trazida pela Web 2.0. Nessa concepção, o campo digital virtual não só mais multiplica postagens e notícias, como se torna também uma espécie de comércio/indústria digital. Curtidas em redes sociais, postagens, vendas pela internet geram muito dinheiro para esses comerciantes, como é o caso dos “digital influencers”, blogueiros e vendedores, que ganham milhões repassando conteúdo, entretendo público, divulgando marcas, e vendendo produtos.
      Percebe-se, assim, os impactos positivos e negativos gerados pela tecnologia na vida da sociedade, e esses resultados respaldam também no âmbito escolar, espaço de construção e desenvolvimento de saber, bem como das relações individuais e coletivas do alunado. Portanto, a escola deve ser pensada, tendo em vista essas transformações, e, no caso as aulas, os professores devem estar antenados em como essas mudanças na escala social podem contribuir para o processo de ensino-aprendizagem desses alunos.
      No que tange às aulas de Língua Portuguesa, os professores podem trabalhar tanto com os gêneros textuais e seus novos suportes, como desenvolver as potencialidades dos alunos na leitura e escrita através da produção de textos no espaço virtual, bem como a publicização desses. Várias plataformas virtuais se inserem nessas características de produção e publicização. Conteúdos de Literatura, por exemplo, hoje, não mais se restringem às páginas do livro impresso. Os chamados ciberespaços possibilitam que os textos, nas suas multimodalidades transitem pelas timelines dos internautas e que o conhecimento se insira ainda mais no caráter de rede como ele realmente o é.
      As fanfics/fanfictions, playlists, etc., são ótimos exemplos para se trabalhar nas aulas de Língua Portuguesa, uma vez que essas não só possibilitam a aproximação dos estudantes com a tecnologia, como propicia momentos reais de aprendizagem. Na fanfic/fanfiction, o professor pode trabalhar os conteúdos de literatura, de modo que desenvolta a criticidade e a potencialidade da escrita do aluno, assim como também pode ser solicitado que essa fanfic/fanfiction seja produzida em grupo proporcionando experiências com a escrita colaborativa para o alunado. Com as playlists, o professor pode contribuir para que o aluno desenvolva sua metodologia de organização e construção das ideias, uma vez que, para se fazer uma playlist, é necessário ter em mente os critérios de organização: ritmo, público a quem se destina, letra; e nesse último, o professor também pode trabalhar com a interpretação das letras das canções escolhidas para as playlists, para saber se as temáticas dialogam, do que falam essas músicas, enfim, desenvolver a criticidade do aluno. Para além de propiciar espaços de interação entre os produtores das playlists e o público ouvinte/seguidor.
      Deste modo, nós, professores dessa geração – assim como os que acompanharam toda essa evolução social e tecnológica – temos que considerar as vantagens que esses novos dispositivos de informação e comunicação podem contribuir para a aprendizagem do aluno. E considerando o pluriculturalismo presente em sala de aula, a atenção deve ser redobrada de modo que contemple as múltiplas culturas presentes em sala de aula, pois vivemos numa era em que as identidades estão mais diversas, visto que novas identidades culturais surgem constantemente nessa nos pós-modernidade.
      Moreira e Candau (2008, p. 25), assinala para essa presença multi ou pluricultural em sala de aula:
“Essa realidade, que marca o mundo de hoje, provoca significativos efeitos (positivos e negativos) e se evidenciam em todos os espaços sociais, decorrentes de diferenças relativas a raça, etnia, gênero, sexualidade, cultura, religião, classe social, idade, deficiências ou outras marcas que diferenciam indivíduos e grupos sociais”.
      Assim ao reconhecer toda essa diversidade em sala – que, por sinal, não se trata de uma tarefa fácil –, o professor pode fazer d sua prática pedagógica um espaço que contemple o contexto sociocultural em que vive os alunos, bem como as suas diversidades inerentes à sua formação identitária.

Concordo com você Luciano, as fanfic's são uma otima forma de trabalhar a escrita colaborativa na sala de aula.

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Gêneros do Discurso, Hipermodernidade e Multiletramentos nas Práticas Pedagógicas na Era Tecnológica - Página 2 Empty Re: Gêneros do Discurso, Hipermodernidade e Multiletramentos nas Práticas Pedagógicas na Era Tecnológica

Mensagem por IsabelCristina Ter Jul 03, 2018 10:25 pm

[quote="Luna Layse"]Segundo Rojo (2015), são características da hipermodernidade: as novas tecnologias digitais da informação e comunicação (TICs) e as culturas em rede, destas se desencadeiam os multiletramentos e novos letramentos. A autora recorre ainda a outros teóricos para definir que a hipermodernidade, prescinde a radicalização da modernidade, que provoca mudanças sociais positivas e negativas.

Também são conceituados os termos web 1.0, web 2.0 e web 3.0, que designam, respectivamente: a) primeira geração da internet, principalmente com transmissão unidirecional de informações; b) segunda geração da internet, em que os/as usuários/as produzem conteúdos em mídias e redes sociais, diversificando as fontes de informações; c) conhecida como a geração da internet “inteligente”, a terceira geração da internet visa entender necessidades e desejos dos/as usuários/as, com a oferta de conteúdos e mercadorias em tempo real.

A partir das reflexões até aqui propostas, se nota que a cultura digital está presente no cotidiano dos/as discentes. Neste sentido, as práticas de web que envolvem os gêneros textuais, uso de ferramentas do Google, jogos digitais, mecanismos de busca, fóruns, dentre outras ferramentas e formatos de comunicação online, podem ser trabalhados em sala de aula. Inclusive, incentivando a criatividade com práticas de leitura, interpretação e escrita colaborativa, a partir do debate e promoção de novos gêneros, que podem ser desenvolvidas, por exemplo, por meio da produção de fanfics, atividades com produção de playlist, etc. Deste modo, será propiciado aos/às discentes outras vivências e ensino-aprendizagens que envolvem a coletividade, interação e ludicidade. Processo em que pode ser envolvido ainda o diálogo sobre as diferenças, um debate sobre culturas, respeito e sobre conhecer os modos de vida do/a outro/a.[/q

Concordo com as sua colocações Luna, em relação as praticas da web, inseridas ao processo de ensino nos gêneros textuais. É perceptível no âmbito escolar, métodos de ensino em ferramentas em plataformas virtuais(Fanfics, fóruns, revista digita) em sala de aula , adotadas pelos os educadores de linguá portuguesa, qual intenção é instigar o aluno, a desenvolver leituras, interpretações e produção textuais colaborativas e interagindo-os através de compartilhamentos de atividades produzidas.
Essa método de ensino, usando as ferramentas virtuais para desenvolver a pratica de aprendizagem é de grande relevância para ambas as partes envolvidas neste processo alunos(as) / professore(es) , pois permitem a trocas de diálogos e informações com outros os gêneros.

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Gêneros do Discurso, Hipermodernidade e Multiletramentos nas Práticas Pedagógicas na Era Tecnológica - Página 2 Empty Re: Gêneros do Discurso, Hipermodernidade e Multiletramentos nas Práticas Pedagógicas na Era Tecnológica

Mensagem por IsabelCristina Ter Jul 03, 2018 10:27 pm

Concordo com as sua colocações Luna, em relação as praticas da web, inseridas ao processo de ensino nos gêneros textuais. É perceptível no âmbito escolar, métodos de ensino em ferramentas em plataformas virtuais(Fanfics, fóruns, revista digita) em sala de aula , adotadas pelos os educadores de linguá portuguesa, qual intenção é instigar o aluno, a desenvolver leituras, interpretações e produção textuais colaborativas e interagindo-os através de compartilhamentos de atividades produzidas.
Essa método de ensino, usando as ferramentas virtuais para desenvolver a pratica de aprendizagem é de grande relevância para ambas as partes envolvidas neste processo alunos(as) / professore(es) , pois permitem a trocas de diálogos e informações com outros generos


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Gêneros do Discurso, Hipermodernidade e Multiletramentos nas Práticas Pedagógicas na Era Tecnológica - Página 2 Empty Gênero do discurso, multiletramentos e hipermodernidade

Mensagem por Luciana Ter Jul 03, 2018 10:53 pm

O texto Gêneros do discurso, multiletramentos e hipermodernidade, quarto capítulo do livro do livro, Hipermodernidade, multiletramentos e gêneros discursivos, escrito por Roxane Rojo e Jaqueline Barbosa (2015), discorre sobre as mudanças nas formas de participação e interação social, bem como nas maneiras de enunciar e nos textos, decorrentes da hipermodernidade. Um dos pontos fundamentais para entender essas mudanças é compreender o conceito de hipermodernidade. Para tal as autoras contextualizam o termo salientando o leitor para a sua contraposição ao conceito de pós-modernidade – ruptura com a modernidade – citando Lyotard e outros autores, citando Lipovetsky (2004), para dizer que a hipermodernidade não supera a modernidade, mas a radicaliza, visto que existe continuidade vigorosa e renovadora dos princípios da modernidade, em outros termos seu exagero, seu excesso, na racionalidade tecnológica, na economia de mercado, no individualismo, no consumo, nos textos, nas mídias, tendo com isso o surgimento de termos como hipercomplexidade, hiperconsumismo, hiperindividualismo, hipernarcisismo. A hipermodernidade instaura uma mudança identitária, de ser e estar no mundo, de comunicar-se, relacionar-se, informar-se, de aprender, permeada por mudanças sociais e tecnológicas.
Situando as mudanças tecnológicas Rojo e Barbosa (2015) trazem o conceito de três termos, web 1.0, web 2.0 e web 3.0. O primeiro se refere a primeira geração da internet, marcada pela unidirecioanlidade da informação, a cultura de massas – da parte para o todo, de um para muitos. O segundo existe uma mudança no fluxo de comunicação, os usuários produzem conteúdos em postagens e publicações nas redes sociais como Fecebook, Twiter, Tumblr, Google +, possibilitando ao usuário tornar-se produtor e leitor de textos. A terceira se configura como uma expansão da web 2.0, e tem suas características marcadas pelo consumo gerado pelas curtidas, consumidores em potencial. Assim, a web 3.0, ‘processo de “aprendizagem” contínua por meio da etiquetagem, pertente antecipar o que o usuário gosta ou detesta, suas necessidades e seus interesses, de maneira a oferecer conteúdos e mercadorias em tempo real. Os processos dessa “inteligência” já começam a se fazer sentir em diferentes sites e redes sociais’ (p. 121).
Em relação aos espaços de formação permeados por essas mudanças, a escola deve estar atenta a essas mudanças, principalmente nas formas de comunicação, informação, produção, interação, trazidas pela web para o ambiente escolar. A remixagem, hibridização, recombinações, de textos, imagens, vídeos, músicas - playlist -, redes sociais – incluindo narrativas como mico contos no Twiter -, literatura eletrônica, são possibilidades de práticas próprias da web que podem estar presente nas aulas de língua portuguesa, tanto na utilização das tecnologias como suporte dos gêneros textuais, como na utilização de ferramentas e estratégias criadas pelo meio digital e para o meio digital.
A escola ao promover esses novos gêneros, deve propiciar experiências significativas com produções de diferentes culturas e com práticas, procedimentos e gêneros que circulam em ambientes digitais, bem como promover a reflexão desses gêneros, e ainda práticas de linguagem situadas em determinadas situações e enunciações. A fanfiction é um gênero interessante nessa proposta por envolver leitura, produção e publicação textual na web. A playlist por ser produzida a partir de critérios de seleção, organização, informações sobre as canções, apresentação e descrição das músicas, pode auxiliar na organização, seleção de ideias em textos. Ao promover atividades que dialogam com as tecnologias digitais, a escola também dialoga com as vivências e experiências dos alunos, por estes estarem geralmente familiarizados com esses espaços. A variedade de textos, seus gêneros e suportes abrangem uma pluralidade de culturas, linguagens, inserindo os alunos num contexto de múltiplas culturas.

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Gêneros do Discurso, Hipermodernidade e Multiletramentos nas Práticas Pedagógicas na Era Tecnológica - Página 2 Empty Gênero do Discurso, Multiletramentos e Hipermodernidade.

Mensagem por Sara Ramos Ter Jul 03, 2018 11:11 pm

1- A hipermodernidade é mencionada nas novas formas de ser, pensar, discursar, relacionar, aprender e se informar com o mundo. Doravante, as novas tecnologias digitais de informação e comunicação (NTDIC) transformam as necessidades e demandas sociais na variedade do uso do hiper (consumismo, individualismo, complexidade). As novas demandas sociais acarretadas pelos avanços tecnológicos e pelas novas formas de ser e agir na sociedade propiciam um cenário individualista e em busca do prazer imediato. Os ambientes colaborativos e a troca de conhecimentos e experiências desaparecem das prioridades e subjetividades dos sujeitos na sociedade. O excesso de informação que é transmitido nas redes, ligado à cultura da convergência (impulsiona os consumidores a procurarem e produzirem novas informações e conexões), afeta na falta de criticidade que os leitores terão em analisar as informações “bombardeadas” nas redes. A web 1.0 se refere ao período inicial da internet, no qual se tornou uma rede de relações da sociedade num geral. Já a web 2.0, é o surgimento dos diversos sites e redes sociais como vemos até hoje. E a web 3.0, que proporciona um interação maior com essas redes, podendo efetuar curtidas em redes sociais, vendas pela internet, socialização e outros.
2- É possível trabalhar em sala de aula na utilização de alguns sites e aplicativos que auxiliariam o professor na sua prática diária, como: Edmodo, a rede social ajuda os professores a compartilhar material multimídia, organizar fóruns, gerir projetos educacionais, estabelecer calendário de atividades, dar notas e condecorações aos alunos e acompanhar sua frequência e participação nas atividades. Evernote, é um aplicativo que pode ser utilizado pelo professor para gerenciar e organizar os temas de cada aula. A partir do próprio celular, ele pode criar notas, salvar pesquisas, gravar áudios e organizar os materiais de aula. Além disso, ao adicionar qualquer recurso a sua conta, a agenda é automaticamente sincronizada e disponibilizada em todos os computadores, telefones e tablets que o professor usar. Redu, a plataforma contém materiais de ensino e aprendizagem que estão em domínio público e que podem ser utilizados em qualquer disciplina. No site, o professor encontra conteúdos educacionais de ensino fundamental, médio e superior. O educador também pode criar ambientes virtuais de aprendizagem gratuitos.
3- A promoção desses dois gêneros, Playlist e Fanfics é muito importante para dar voz, o que inverte totalmente o princípio dela ser o eco de voz de outras pessoas. A fanfic possibilita aquele autor que a está escrevendo uma voz que talvez ele nem soubesse ter. Além disso, nessa vertente literária há uma liberdade gigantesca de criação, pois muitas das coisas que estão por trás de outras obras literárias não se encontram aqui. A estrutura das fanfics se dá numa relação autor e leitores, ou ainda, emissor e receptor. Assim, muitos dos padrões, restrições, regras e etc dizem mais respeito ao que o emissor quer passar, do que uma norma que ele deve seguir.
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Gêneros do Discurso, Hipermodernidade e Multiletramentos nas Práticas Pedagógicas na Era Tecnológica - Página 2 Empty Re: Gêneros do Discurso, Hipermodernidade e Multiletramentos nas Práticas Pedagógicas na Era Tecnológica

Mensagem por Luciana Ter Jul 03, 2018 11:22 pm

Diana Santana escreveu:
No livro Hipermodernidade, multiletramentos e gêneros discursivos, as autoras Roxane Rojo e Jacqueline Barbosa relatam a respeito dos benefícios das tecnologias em sala de aula e na sociedade de modo geral, e o quanto essas tecnologias contribuíram para as mudanças significativas que ocorreram no mundo. Rojo (2015), no entanto ressalta os pontos negativos que essas mudanças proporcionaram a humanidade. Elas afirmam que junto às novas tecnologias, surgiram também “novas formas de ser, de se comportar [...], de aprender”.
Segundo Lipovetsky e Charles (apud Rojo 2015), o termo hipermodernidade não está atrelado ao conceito de pós-modernidade, mas de certo descontrole da humanidade perante as novas tecnologias, e enfatiza que se trata de “radicalização da modernidade”. Uma sociedade desigual, a qual ainda se espera por justiça e democracia, os projetos coletivos perderam lugar, as grandes ideologias já não são autenticas, dando lugar aparente a iniciativas isoladas que parecem não ter força para enfrentar desafios gigantescos.
O termo hipermodernidade está ligado a outros contextos como a hipercomplexidade, ao hiperconsumismo, ao hiperindividualismo, hipertexto, hipermídia, entre outros, todos com o prefixo “hiper”, que significa muito, além de,  exagerado. Ou seja, o termo hipermodernidade, está relacionado a uma modernidade exagerada, que ultrapassou, que está além de ser modernidade. Isto é, não se trata de uma modernidade melhor, mas de uma era onde tudo está se transformando em “hiper”, em exageros.
A web 1.0, primeira geração de internet, era considerada unidirecional, diz Rojo (apud Rojo 2015), onde as informações partiam de um para muitos. Na Web 2.0, as autoras caracterizam os usuários como lautor, onde era possível que estes se tornassem produtores e leitores ao mesmo tempo através das redes sociais como facebook, twiter, entre outros. E, finalmente a Web 3.0, considerada a internet “inteligente”, usada não apenas para veicular notícias, mas também como meio de comercio, com fins lucrativos, utilizada por todos, e principalmente aqueles profissionais denominados hoje por blogueiros, youtubers e empresários que utilizam a internet como meio de divulgar seus produtos.
No âmbito escolar, a gama de professores que utilizam esses métodos para suas aulas ainda é muito pouca, comparadas ao que se vê fora da escola. No contexto familiar, social, os jovens, adolescentes e até a terceira idade já estão na era digital, enquanto no ambiente acadêmico, são raras as escolas preparadas para uma aula interativa com o uso da Tic’s. E quando a escola dispõe desse espaço, encontra-se outra dificuldade, que é a falta de preparação dos profissionais da educação, que não dispõem de Capacitação pessoal na área, e não aproveitam a série de oportunidades interativas que as tecnologias proporcionam para aulas mais dinâmicas e atraentes.
Cabe a esta nova geração de profissionais da educação, investir e continuar evoluindo no quesito tecnologias para por em prática o aprendizado tecnológico, pois enormes são as possibilidades de atrelar uma aula de Língua portuguesa, por exemplo, através do uso de ferramentas digitais, como as Fanfics, google sala de aula, forumeiros, dentre outros, além daqueles usuais que já são conhecidos por muitos, como o facebook, blogs, whatsaap, etc.
Isso não quer dizer que fazendo dessa forma, tudo será mais fácil, e nós professores não teremos desafios. Ao contrário, todo trabalho produtivo é trabalhoso, haverá sempre percalços, mas a maneira como irá transpor essas dificuldades é o diferencial que cada profissional poderá se destacar ao conseguir superá-las.


É muito pertinente sua colocação sobre os desafios a serem superados pelos professores e pela escola como um todo. Os desafios não devem ser entendidos como impossibilitadores, mas como estratégias de busca por mecanismos de implementação das propostas de ensino com as tecnologias digitais, os multiletramentos, a pluralidade cultural.

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Gêneros do Discurso, Hipermodernidade e Multiletramentos nas Práticas Pedagógicas na Era Tecnológica - Página 2 Empty Re: Gêneros do Discurso, Hipermodernidade e Multiletramentos nas Práticas Pedagógicas na Era Tecnológica

Mensagem por Alessandra de MoraisLeite Ter Jul 03, 2018 11:39 pm

O texto Gêneros do discurso, multiletramentos e hipermodernidade aborda o conceito de pós-modernidade, apresentando-o como uma ruptura com a modernidade. Nessa perspectiva, Rojo e Barbosa citam Lipovetsky, que postula o conceito de hipermodernidade, no sentido de radicalização com o moderno. As mudanças pelas quais o mundo tem passado nos últimos tempos, principalmente com o advento das tecnologias, tem resultado na diversificação das formas de se pensar e ver o mundo, de comportamento, discussão, relacionamento, informação e aprendizagem. Nesse contexto, o moderno iniciado em meados do século passado tornou-se pós-moderno, gerando a hipermodernidade. De acordo com o texto, a hipermodernidade traz uma ruptura com o moderno, trazendo novas tecnologias, novos textos e linguagens. Nessa nova lógica, o coletivo dá lugar ao individual, à satisfação pessoal, em que se prima pela autocentração e pela não responsabilização do outro, criando a “era do hedonismo individual, do hipernacisismo” (p.119). É uma era em que os indivíduos, mesmo estando conectados continuamente, essa aproximação não passa do virtual; pessoalmente continuam distantes e cada vez mais separados. A hipermodernidade traz consigo outros prefixos que estão se disseminando cada vez mais: hiperindividualismo, hipeconsumismo e hipercomplexidade. É crítico saber que esse contexto pós-moderno, embora traga inovações inegavelmente importantes, apresenta pontos negativos, como o individualismo, gerando certo distanciamento entre os indivíduos.
No que tange ao plano tecnológico, houve considerável evolução da web, que do nível 1.0 está prestes a chegar ao 3.0. A web 1.0 refere-se ao estágio em que a informação era unidirecional, não tinha retorno, interação entre os participantes; o leitor não tinha espaço para comentários. Com a web 2.0, essa realidade mudou: agora os indivíduos conectados em rede podem produzir e postar conteúdos e comentários em sites e redes de mídia, a exemplo do Facebook, Twiter e Youtube. Com a hipermodernidade, está em curso o advento da web 3.0, já denominada de internet “inteligente”, visto que busca antecipar o que seja interessante ou não para o usuário, seus interesses e necessidades, visando oferecer produtos e informações em tempo real. Em alguns sites essa experiência já começou a ser oferecida e tem surtido efeitos.
Nesse contexto, no que se refere a práticas e /ou procedimentos próprios da web que são possíveis trabalhar nas aulas de Língua Portuguesa, pode-se destacar o uso de remixagem e hibridização em atividades que envolvam diferentes textos, através do uso de imagens, gráficos, infográficos e mapas. Dessa forma, através de recombinações de textos, trazendo os elementos anteriores, os alunos podem trabalhar com ferramentas da web – as quais muitos já dominam – numa perspectiva de aprendizagem e interação. E o interessante é que a web permite várias combinações e montagens, o que pode ser bem explorado nas aulas, embora para isso a escola deva ter estrutura e dispor de equipamentos tecnológicos, em especial, computadores, para que tais práticas sejam viáveis. Rojo e Barbosa apresentam algumas propostas no texto que são bastante pertinentes e podem ser implantadas em sala. No caso, por exemplo, da promoção de novos gêneros como a playlist e a fanfiction, a escola pode promover a participação dos discentes na perspectiva da responsabilização, propiciando experiências significativas através da produção de diferentes culturas e com práticas, procedimentos e gêneros de circulação em ambientes digitais. Ela deve buscar e refletir acerca das participações dos alunos na criação dos novos gêneros, avaliando “a sustentação das opiniões, a pertinência e adequação de comentários, a imagem que se passa, a confiabilidade das fontes, apurar os critérios de curadoria e de seleção de textos/produções, refinar os processos de produção e recepção de textos multissemióticos.” (p.135). Dessa forma, os discentes estarão trabalhando com textos multissemóticos que contem diferentes linguagens e significações. No caso, por exemplo, da criação de uma playlist, os discentes podem trabalhar com a escrita, o relato, a argumentação em suas produções, leitura oral, observando a linguagem oral, levando em consideração as condições em que a playlist foi produzida. Além disso, na produção da playlist comentada os discentes podem vivenciar o papel de curadores, ao selecionar os exemplares dentre muitos, a partir de critérios específicos e organizá-la de determinada forma, para a posterior postagem, que poderia ensejar ações de curtir e/ou redes. Nessa perspectiva, os alunos estariam tendo contato com diversas linguagens e seus funcionamentos, uma vez que tanto linguagens verbais, quanto não verbais, dado o leque de possibilidades de leituras e contato multissemiótico e multiletrado que é possibilitado nesse contexto digital. Percebe-se, pois, o quão importante é o trabalho com as praticas da web em sala.
Finalmente, no que tange ao pluriculturalismo presente na escola e às culturas de rede, é preciso que sejam trabalhados numa perspectiva de inclusão, destacando a importância de todos. Assim, deve-se abordar a tríade citada por Rojo e Barbosa: cultura erudita (incluindo a escolar), cultura popular e cultura de massa, ao invés de focar somente na cultura considerada “culta”, como historicamente a escola tem privilegiado, “sem levar em conta os multi e novos letramentos, as práticas, procedimentos e gêneros em circulação nos ambientes da cultura de massa e digital e no mundo hipermoderno atual.” (p. 135). Cada cultura em si carrega os seus significados e pertencimentos, e ainda mais na hipermodernidade com as culturas de rede, em que a diversidade e o pluralismo imperam. Ciente disso, a escola deve fazer, como sugere as autoras, um recorte em que possa trabalhar com quatro esferas de maior importância na vida cultural, pública e privada da hipermodernidade. O importante é que essas culturas possam ser trabalhadas e discutidas em sala, dada a sua relevância.
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Gêneros do Discurso, Hipermodernidade e Multiletramentos nas Práticas Pedagógicas na Era Tecnológica - Página 2 Empty Re: Gêneros do Discurso, Hipermodernidade e Multiletramentos nas Práticas Pedagógicas na Era Tecnológica

Mensagem por Alessandra de MoraisLeite Ter Jul 03, 2018 11:52 pm

Diana Santana escreveu:
No livro Hipermodernidade, multiletramentos e gêneros discursivos, as autoras Roxane Rojo e Jacqueline Barbosa relatam a respeito dos benefícios das tecnologias em sala de aula e na sociedade de modo geral, e o quanto essas tecnologias contribuíram para as mudanças significativas que ocorreram no mundo. Rojo (2015), no entanto ressalta os pontos negativos que essas mudanças proporcionaram a humanidade. Elas afirmam que junto às novas tecnologias, surgiram também “novas formas de ser, de se comportar [...], de aprender”.
Segundo Lipovetsky e Charles (apud Rojo 2015), o termo hipermodernidade não está atrelado ao conceito de pós-modernidade, mas de certo descontrole da humanidade perante as novas tecnologias, e enfatiza que se trata de “radicalização da modernidade”. Uma sociedade desigual, a qual ainda se espera por justiça e democracia, os projetos coletivos perderam lugar, as grandes ideologias já não são autenticas, dando lugar aparente a iniciativas isoladas que parecem não ter força para enfrentar desafios gigantescos.
O termo hipermodernidade está ligado a outros contextos como a hipercomplexidade, ao hiperconsumismo, ao hiperindividualismo, hipertexto, hipermídia, entre outros, todos com o prefixo “hiper”, que significa muito, além de,  exagerado. Ou seja, o termo hipermodernidade, está relacionado a uma modernidade exagerada, que ultrapassou, que está além de ser modernidade. Isto é, não se trata de uma modernidade melhor, mas de uma era onde tudo está se transformando em “hiper”, em exageros.
A web 1.0, primeira geração de internet, era considerada unidirecional, diz Rojo (apud Rojo 2015), onde as informações partiam de um para muitos. Na Web 2.0, as autoras caracterizam os usuários como lautor, onde era possível que estes se tornassem produtores e leitores ao mesmo tempo através das redes sociais como facebook, twiter, entre outros. E, finalmente a Web 3.0, considerada a internet “inteligente”, usada não apenas para veicular notícias, mas também como meio de comercio, com fins lucrativos, utilizada por todos, e principalmente aqueles profissionais denominados hoje por blogueiros, youtubers e empresários que utilizam a internet como meio de divulgar seus produtos.
No âmbito escolar, a gama de professores que utilizam esses métodos para suas aulas ainda é muito pouca, comparadas ao que se vê fora da escola. No contexto familiar, social, os jovens, adolescentes e até a terceira idade já estão na era digital, enquanto no ambiente acadêmico, são raras as escolas preparadas para uma aula interativa com o uso da Tic’s. E quando a escola dispõe desse espaço, encontra-se outra dificuldade, que é a falta de preparação dos profissionais da educação, que não dispõem de Capacitação pessoal na área, e não aproveitam a série de oportunidades interativas que as tecnologias proporcionam para aulas mais dinâmicas e atraentes.
Cabe a esta nova geração de profissionais da educação, investir e continuar evoluindo no quesito tecnologias para por em prática o aprendizado tecnológico, pois enormes são as possibilidades de atrelar uma aula de Língua portuguesa, por exemplo, através do uso de ferramentas digitais, como as Fanfics, google sala de aula, forumeiros, dentre outros, além daqueles usuais que já são conhecidos por muitos, como o facebook, blogs, whatsaap, etc.
Isso não quer dizer que fazendo dessa forma, tudo será mais fácil, e nós professores não teremos desafios. Ao contrário, todo trabalho produtivo é trabalhoso, haverá sempre percalços, mas a maneira como irá transpor essas dificuldades é o diferencial que cada profissional poderá se destacar ao conseguir superá-las.

Verdade,Diana, é interessante quando as autoras trazem o lado positivo e negativo da hipermodernidade. Como sabemos, as tecnologias trouxeram inúmeros e inegáveis benefícios, no entanto, trouxe também problemas, como é o caso do individualismo.
Outro ponto interessante abordado pelas autoras é a questão de se trabalhar em sala com os novos gêneros do discurso e os multiletramentos, não deixando de abordar também o pluriculturalismo, dada a grande cultura de massa das redes hoje. O entrave encontrado é justamente a falta de estrutura das escolas. Mas como avanço da hipermodernidade, acredito que isso vá sendo corrigido, como já está ocorrendo.
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Gêneros do Discurso, Hipermodernidade e Multiletramentos nas Práticas Pedagógicas na Era Tecnológica - Página 2 Empty Re: Gêneros do Discurso, Hipermodernidade e Multiletramentos nas Práticas Pedagógicas na Era Tecnológica

Mensagem por LiliaMaria Ter Jul 03, 2018 11:54 pm

ElizalvaMeneses escreveu:todos os setores do saber e do poder deve ser individual pós devemos assumir essas autonomia que a modernidade nos levou a compreender que o futuro e muito determinante no presente,esta geração da internet da,  web  dava informações direcionada de uma para outra que era muito comum nas culturas de massas e com o aparecimento dos sites tipo face book, Amazon e web 2 os usuários produzem postagem e publicações em redes sociais como Facebook twitter,tumblr e Google + e Wikipedia e em redes de mídias como tuíter ,Flickr, e estragam e com a web 2 foi pocivil marca e etiqueta dos conteúdos dos usuários que abrem caminho par a próxima geração da web 3 que e a internet  inteligente as curtidas que rende milhões são mapeadas as que agrada e as que não, os próprios consumidores são os   indicadores da terceira face do consumo por um. processo de aprendizagem continua a etiquetagem a web 3 pretende antecipa o que o usuário gasta  ou detesta as suas necessidades e seus interesses de maneira  a oferecer conteúdos e mercadorias em tempo real . e esses  inteligencia já começa a fazer sentir em diferentes sites e redes sociais. os gêneros playlist e fanfictiom tem a sua produção de evolver a remixagem hibridação a essa composição tem a pesquisa e interpretação  de texto e uma combinação que existe por meio de recombinação e produção de texto em novos sentidos e uma nova forma para as disciplina do contexto escolar.os professores deve ter uma qualiragem nas norma culta para que os aluno possam iterai com diversos níveis culturais e também acompanhar essa evolução que e bastante vantajosa para o aprendizagem  dos alunos,o multiculturalismo  e presente na vida dos nossos alunos e devemos usar e respeita todas as cultura  e religiosidades no âmbito escolar.
concordo plenamente com você Eliza

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Gêneros do Discurso, Hipermodernidade e Multiletramentos nas Práticas Pedagógicas na Era Tecnológica - Página 2 Empty Re: Gêneros do Discurso, Hipermodernidade e Multiletramentos nas Práticas Pedagógicas na Era Tecnológica

Mensagem por Alessandra de MoraisLeite Ter Jul 03, 2018 11:59 pm

[quote="Luna Layse"]Segundo Rojo (2015), são características da hipermodernidade: as novas tecnologias digitais da informação e comunicação (TICs) e as culturas em rede, destas se desencadeiam os multiletramentos e novos letramentos. A autora recorre ainda a outros teóricos para definir que a hipermodernidade, prescinde a radicalização da modernidade, que provoca mudanças sociais positivas e negativas.

Também são conceituados os termos web 1.0, web 2.0 e web 3.0, que designam, respectivamente: a) primeira geração da internet, principalmente com transmissão unidirecional de informações; b) segunda geração da internet, em que os/as usuários/as produzem conteúdos em mídias e redes sociais, diversificando as fontes de informações; c) conhecida como a geração da internet “inteligente”, a terceira geração da internet visa entender necessidades e desejos dos/as usuários/as, com a oferta de conteúdos e mercadorias em tempo real.

A partir das reflexões até aqui propostas, se nota que a cultura digital está presente no cotidiano dos/as discentes. Neste sentido, as práticas de web que envolvem os gêneros textuais, uso de ferramentas do Google, jogos digitais, mecanismos de busca, fóruns, dentre outras ferramentas e formatos de comunicação online, podem ser trabalhados em sala de aula. Inclusive, incentivando a criatividade com práticas de leitura, interpretação e escrita colaborativa, a partir do debate e promoção de novos gêneros, que podem ser desenvolvidas, por exemplo, por meio da produção de fanfics, atividades com produção de playlist, etc. Deste modo, será propiciado aos/às discentes outras vivências e ensino-aprendizagens que envolvem a coletividade, interação e ludicidade. Processo em que pode ser envolvido ainda o diálogo sobre as diferenças, um debate sobre culturas, respeito e sobre conhecer os modos de vida do/a outro/a.[/quo

Isso mesmo, Luna, com as novas tecnologias, há inúmeras possibilidades de se trabalhar os gêneros, principalmente os digitais,com os alunos, visto que eles já tem contato com muitos deles no dia a dia.
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Gêneros do Discurso, Hipermodernidade e Multiletramentos nas Práticas Pedagógicas na Era Tecnológica - Página 2 Empty Re: Gêneros do Discurso, Hipermodernidade e Multiletramentos nas Práticas Pedagógicas na Era Tecnológica

Mensagem por Naiara12 Qui Jul 05, 2018 8:57 am

No livro Hipermodernidade, multiletramentos e gêneros discursivos, as autoras Roxane Rojo e Jacqueline Barbosa relatam a respeito dos benefícios das tecnologias em sala de aula e na sociedade de modo geral, e o quanto essas tecnologias contribuíram para as mudanças significativas que ocorreram no mundo. Rojo (2015), no entanto ressalta os pontos negativos que essas mudanças proporcionaram a humanidade. Elas afirmam que junto às novas tecnologias, surgiram também “novas formas de ser, de se comportar [...], de aprender”.
Segundo Lipovetsky e Charles (apud Rojo 2015), o termo hipermodernidade não está atrelado ao conceito de pós-modernidade, mas de certo descontrole da humanidade perante as novas tecnologias, e enfatiza que se trata de “radicalização da modernidade”.
O trabalho com a multimodalidade e multiletramento se caracteriza como uma ferramenta que viabiliza cada vez mais as práticas na sala de aula que, hoje, tem sido um grande desafio frente às novas tecnologias surgidas ao longo do tempo, possibilitando, dessa forma, o aparecimento de novos gêneros discursivos. As pessoas estão ficando cada vez mais “visuais” e essa comunicação por meio de representações textuais atreladas a imagens, gestos e arranjos não-padrões, chamados de gêneros multimodais, teve um aumento consideravelmente maior no cotidiano das pessoas. O exemplo mais notório são os chamados “memes”, gênero muito difundido nas redes sociais e que se tornou popular diante da sua função de humor e crítica social. Mostrar a importância deste gênero como recurso didático a ser trabalhado nas aulas de língua portuguesa do ensino médio enfatizando o desenvolvimento da leitura e interpretação de forma crítica e construtiva.

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